domingo, 9 de maio de 2010

Dia das mães

Caros. Resolvi, depois de meses sem postar nada neste blog, romper o silêncio. Os dias andam bicudos, o tempo é escasso, mas considero esta uma boa oportunidade pra iniciar, aos poucos, uma reconquista deste espaço. O que vai a seguir é nada menos que uma carta que meu vô, seu Hélio Corrêa, escreveu prá mãe dele em 1938 - há 72 anos, portanto. É, também, uma forma de imortalizar seus escritos. A letra é miúda e bem desenhada e o texto guarda um pouco do formalismo da época e do carinho que meu vô sempre devotou à familia. Minha bisavó, Etelvina Spirandelli, faleceu poucos anos depois, 40 dias depois do nascimento do filho mais novo, meu tio Mário. A carta:

Querida mamãe

Sendo hoje o dia destinados as (SIC) mães, venho eu também prestar a minha pequena homenagem à minha grande mãesinha (SIC).

Desejo que Deus a conserve por muito tempo para na alegria nossa, de papai e de meus irmãos.

A senhora Voce é tudo neste lar, minha mãe. Sem o seu carinho, desvelo, consolo, conforto, amparo e guia que seriamos nos?

Quanto desassocego (SIC), insônia lhe demos quando pequeninos e hoje quanta preocupação lhe damos ainda.

Poré, prometo mamãe, no dia de hoje quer será melhor, serei obediente, estudarei para obter o diploma a fim de que possa um dia ajudá-la.

Nunca poderei pagar os sacrificios que faz por mim, porque nada neste mundo poderá recompensá-la pelo que passou mas deseja que eu seja bem siga o caminho do bem assim farei.

Derrame suas bênções (SIC) sobre o filho que a beija respeitosamente..Hélio

Botucatu, 08 de outubro de 1938.