sábado, 4 de julho de 2009

Rompendo (ou tentando romper) o silêncio. Agora, literalmente.

Voltando às tentativas de dar uma vida nova a este esquecido e empoeirado espaço. Na semana passada participei do Ciab, maior feira de Tecnologia do País e maior evento promovido pela instituição na qual trabalho. São três auditórios com mais de 100 palestrantes, 15 mil e não sei quantos visitantes, mais de 70 empresas gigantonas da área expondo o que têm de melhor. Tudo isso em três dias. Enfim, um evento enorme (grandioso seria o termo mais justo), que, pra ser organizado, exige um trabalho idem. E, claro, o trabalho não se esgota nos dias que antecedem o evento. Quando o congresso começa de fato, o esforço pra que não haja qualquer tipo de problema é enorme. Quem já trabalhou com eventos sabe como essa área é sujeita a incidentes - é um penetra que quer entrar sem pagar aqui; um estande que não foi montado com o logotipo correto do expositor alí; um palestrante que decide dar os canos de última hora acolá. A lista dos, digamos assim, imprevistos previsíveis é longa. E, claro, muitas vezes essa trabalheira toda acaba tendo consequencias prá saude da gente.

No meu caso, a conta chegou na forma de uma fortíssima dor de garganta já no último dia do congresso (sejamos justos, o estresse não explica tudo; o clima seco e superpoluido de São Paulo também teve sua parcela de culpa) acompanhada por um lento e agonizante desaparecimento de minha fanhosa voz.

Como num espasmo final, no domingo, dois dias depois do evento, minha voz subitamente transformou-se num daqueles vozeirões em bold, de locutor de rádio, num timbre que, aliás, lembrava o do mestre de cerimônias do evento, um apresentador de TV das antigas. Algo do tipo "Senhoras e senhores, bem vindos a este evento..."

Claro, na segunda-feira, ainda sob a ação desse efeito colateral, fui vítima de todo tipo de piada notrabalho. A mais frequente e mais manjada referia-se às minhas subitamente novas e subitamente masculinas qualidades vocais.

Continuo no próximo post.

Um comentário:

Bianchini disse...

Bem, Danilo, presumo que sua namorada tenha gostado dessa sua repentina voz de Louis Armstrong...
Abraço!