sexta-feira, 28 de março de 2008

Arborismo, finalmente

Último texto de minha participação na Haka Race.

Chegamos ao PC 08, o arborismo. Missão, que, dadas as precárias condições físicas de meu colega, caberá a mim. Já paramentado com o kit de escalada, olho para as pequenas fendas na parede artificial, impossíveis de se agarrar e mais impossíveis ainda de se apoiar os pés. Desanimo. “Ricardo, você vai ter de ir no meu lugar, velho. Eu não vou conseguir...” A resposta: “Você não ta vendo o jeito que eu tô? Larga de ser bundão e vai...”. Fui. Com a ajuda do instrutor, lá embaixo, passo por mais essa numa boa, atravesso uma ponte entre duas árvores e desço por uma pequena corda tirolesa. Missão cumprida. Passamos, juntos, o pórtico de entrada – ali transformado em chegada. Nos abraçamos como dois jogadores que comemoram um gol. Nada de dança para demonstrar força ou invocação aos deuses da guerra. Entre uma subida íngreme, um sol de 28 graus e o esforço pra se manter na estrada, driblando as câimbras e o cansaço, o que vale nessa dança é espantar os próprios demônios, seguir em frente e festejar a camaradagem.

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